Dizem que quem pensa que sabe o que diz, diz que haveria uma única maneira de entender e fazer as coisas, muito menos duas – e isso desde todo sempre amém. E que as coisas só param de pé se forem entendidas e praticadas assim, unicamente.
Em busca de entender se essa colocação seria justificável, ou se não passaria unicamente de delírio, nossos pesquisadores queriam desvendar um – ou talvez “o” – mistério: como seria possível entender tamanha diversidade, seja, por exemplo, no campo da astronomia e da astrofísica, seja no camo da biodiversidade ecológica, a partir de um princípio único – logo nesse ponto, nossos pesquisadores perguntaram-se: a partir de um princípio único ou de um único princípio?
Porque, prezado leitor, uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra, completamente diferente. Nos termos desse Aforismo: uma coisa é entender as coisas a partir de um princípio único (seja ele qual for, e será ele enquanto ele conseguir explicar razoavelmente as coisas, ou seja, explicar de uma maneira única, particular e coerente), outra é entender as coisas a partir de um único princípio, que, por uma simples questão de lógica, excluiria todos os outros princípios.
Amigo leitor: essa conversa de único princípio não tá aparecendo coisa de gente preguiçosa e pretensiosa, que não quer trabalhar, nem estudar, nem se dedicar, nem se esforçar, e, querendo dominar tudo, diz que uma coisa só cuida (ou cuidaria) de todas as coisas e dá (ou daria) jeito em todas as coisas da vida, do mundo, da existência, do que veio, do que ainda virá, aqui ou acolá, em cima, embaixo, à direita, à esquerda, no centro, no norte, no leste, no oeste – não importa se estivermos falando de um meteorito viajando tresloucado pelo universo, ou se estivermos falando de uma diligente formiga carregando pedaços de planta. Ou mesmo se estivermos falando de um casamento entre marmotas, ou se estivermos falando se o certo é arroz com feijão ou feijão com arroz ou arroz e feijão lado a lado. Ou mesmo se estivermos falando de técnicas para domar cavalos, ou se estivermos falando de canto gregoriano.
O que você acha? Não seja você preguiçoso, nem pretensioso, hein?!
Reprodução permitida, desde que citada a fonte. Caso contrário vamos soltar os cachorros em cima do infrator. ;-)
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