Perguntaram nossos pesquisadores: se tentarem te dar um soco, o que você faz? Dá a cara de novo a tapa? Ou se estiver na iminência de ser chutado por um adversário? Você fica parado feito poste, facilitando a vida dele? O que nossos pesquisadores estavam estudando é o procedimento que seria o mais eficiente para impedir ou bloquear a ação de um adversário, no caso de um ataque.
Na verdade, nossos pesquisadores partiram de uma constatação mais que óbvia: o homem tem uma longa tradição bélica. Não estavam eles se referindo à prodigalidade de armas que o homem inventou com o concurso da tecnologia à disposição. Para eles, a técnica apenas intrumentalizou o verdadeiro problema: a beligerância humana, o gosto do homem pela guerra, seu gosto pelo sangue. Assim, o problema não é o cajado, a faca, o martelo, a espingarda (incluindo a de chumbinho), o revólver, a metralhadora, a escopeta, o canhão, a cimitarra, a lança, o canivete, o soco inglês, o machado. O problema mesmo é o fígado humano. Letal é o homem, a verdadeira máquina de guerra.
Vivendo em um mundo de beligerantes, seria natural que o homem desenvolvesse ferramentas para seguir vivendo pelo maior tempo possível, tanto quanto conseguir sobreviver à sua própria beligerância. E, apesar de sua notória beligerância, o homem está vivo desde que está na Terra, em que pese o fato de ter sofisticado o ato de matar, muitas vezes conferindo a ele status de arte.
Pensamos na possibilidade oposta. Se o homem, em vez de dedicar todos os seus esforços no desenvolvimento de armas cada vez mais letais, usasse esses recursos para desenvolver uma arma que fosse representasse o máximo da eficiência com o menor custo possível. Essa arma, não deveria, como as citadas, matar, mutilar, estripar, arrebentar, cegar. Existiria essa arma? Existiria uma arma que deixasse o homem incapaz de reagir, sem ser um tipo paralisante de gás, de pimenta ou outro qualquer?
Elogie – seu adversário ficará como que diante de uma tarântula negra, fascinado diante da morte!
Reprodução permitida, desde que citada a fonte. Caso contrário vamos soltar os cachorros em cima do infrator. ;-)
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