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É possível se prevenir das doenças emocionalmente transmissíveis?

“Quando falamos de doenças transmissíveis, o que lhe vem à mente?” Esta foi a pergunta que nossos pesquisadores fizeram. Podemos adiantar que as respostas foram basicamente duas: doenças sexualmente transmissíveis e doenças cujo contágio se daria por mecanismos respiratórios, como a gripe.

Nossos pesquisadores perguntaram, então: “Além dessas doenças, você conhece outra ou outras que teriam um grau de transmissibilidade tão intenso quanto as sexuais e as respiratórias?”. O que nossos pesquisadores queriam saber era se, para além das dimensões físicas, o homem poderia ser atingido, nos campos mais sutis, por doenças que teriam mecanismos tão desconhecidos quanto eficazes. Em outras palavras, se o corpo pode ser atingido por uma AIDS ou por uma gripe, poderia ser a alma atingida por uma depressão, por um mau-olhado, pelo desânimo alheio, pela desesperança coletiva, pelo pessimismo reinante, pela baixa auto estima circundante, pelo cinismo individual, pela burrice coletiva?

Em qualquer um dos casos, caso o atingido seja o corpo ou a alma, nossos pesquisadores começaram a especular qual seria o verdadeiro vilão da história, a virulência da patologia ou a fragilidade do terreno? Também em ambos os casos, qual seria o papel do meio na propagação da patologia? Se variasse o meio de transmissão, variaria a violência da patologia, à semelhança de um remédio ministrado por via oral ou diretamente na corrente sanguínea?

No caso de uma doença sexualmente transmissível, sabemos que existe prevenção: uma camisinha costuma ajudar muito! Mas, aí, trata-se de uma espécie de prótese, algo externo ao corpo, de que nos servimos para não nos infectar. No caso de uma gripe, as coisas se complicam: sabe-se há muito tempo que, diante das mesmas condições climatológicas, tem gente que se gripa, tem gente que não. A diferença? A imunidade física.
No caso da alma, as coisas se complicam ainda mais. Haveria, para a alma, um equivalente ao que é a camisinha para o corpo, a garantia de que as doenças passam longe, a começar de filhos indesejados? O que preveniria uma camisinha anímica? Ou a proteção corre por conta e risco de cada um, responsável tanto por sua saúde como por sua doença?

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