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E lá isso serve para alguma coisa?

De uns tempos para cá nossos pesquisadores notaram que essa questão da verdade assumiu assim situações absolutamente fora de controle, que tudo é verdade, tudo em nome da verdade e se não for assim coitado do mentiroso que estaria falando contra ela, porque só pode ser mentiroso quem pensa que a verdade pode ser alguma coisa menor que toda a verdade, qie, intocável e inatacável, não teria sequer porque ser considerada passível de questionamento.

O fato é que nossos pesquisadores estavam querendo esmiuçar a questão da verdade ao longo do tempo e ao longo da história que podemos perfeitamente chamar de pesadelo do qual a inteligência queria muito se libertar, mas eles perceberam com muita facilidade que essa questão estava sempre presente mas assim estava presente tipo mais ou menos né, porque assim presente-presente-não, verdade que parece assim sabe aquela mulher que ninguém quer dançar meio estranhosa a mulher que desafina na dança quadrada da valsa, mulher-verdade que pisa no seu pé e bate na sua canela, mulher-verdade que não sabe beijar direito (menos ainda esquerdo), que não usa o mais-que-necessário perfume (que verdade fede a lixo, a chorume, a ovo podre, a peido de velha como é a verdade de sempre, a hálito de boca que não vê escova de dente há semanas, couve da feijoada ainda enfeitando o espaço entre o canino superior e o pré-molar).

Quem qualquer-um já teve o desprazer de bailar com uma mulher-verdade assim sabe que com um poste a dança seria mais interessante; que da boca da verdade não sai palavra que preste para nada-de-coisa-nenhuma, verdade e seu cheiro entre enxofre e esgoto e ralo, que não se sabe até hoje para que serve salvo para sugerir que pesquisadores nada interessados em sua veleidade fútil e inútil escrevam de um jato feito vômito tudo o que se leu até agora nesse Aforismo. Uma jaculatória escrita sem nem pensar nem parar para refletir mais que um segundo, tudo direto e reto, feito tapa de bofetada na cara deslavada ou soco com soco-inglês bem no meio da fuça de quem se vende feito o melhor vendedor na feira, gritando a plenos pulmões para atrair a freguesia para o seu produto que é tão impoluto quanto papel higiênico usado.

Verdade – é ver para descrer.

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