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A diferença entre amigos e inimigos é que enquanto estes
te apunhalam pela frente aqueles nos apunhalam pelas costas

Querido leitor. Essa é apenas mais uma daquelas abordagens que nós, os Canis&Circensis, simplesmente não sabemos por que causam tanta celeuma e nos geram tanta crítica. É simples assim: basta pensar no amigo-traíra do escritório. O cara é brother, é de uma broderagem assim tocante; como é que você ousa pensar que ele não está agindo assim como a mais elevada das almas?! Que só quer te ajudar, nada mais! Que não tem nada de ruim por trás das suas intenções, as mais puras.

Bem diferente de um inimigo, esse que vem com tudo contra você, na maldade, na energia do ódio, querendo te partir em dois, querendo te arrancar o couro, querendo tomar tua grana, tomar seu emprego, sua casa e sua mulher. O que nós, os Canis&Circensis, não entendemos é que isso é perfeitamente claro, constatável a cada segundo da vida – nenhuma surpresa.

Mas, por que da dificuldade de perceber o que está por trás do que está na frente? Aqui, voltamos a falar do amigo-traíra do escritório. Para tentar resolver essa dificuldade, pensamos no seguinte: talvez o amigo-traíra não seja um bom exemplo de bondade-na-frente-maldade-por-trás. Então, decidimos por outro exemplo: o daquele velho amigo da escola, do futebol aos sábados, da cerveja às sextas, do churrasco aos domingos, das festas dos filhos, das viagens juntas – quem poderia desconfiar de que essa criatura poderia aprontar alguma? Revelar-se tão traíra … na verdade pior do que o amigo-traíra do escritório, porque, mesmo frequentando sua casa, tomando da sua cerveja, comendo do seu amendoim e do seu tremoço, sentando no seu sofá (às vezes até peidando, justo no dia em que o sofá foi lavado), pedindo um dinheiro emprestado (e atrasando o pagamento, e quando pagava era sem juros) – mas, e sempre tem um mas, você acaba sabendo que esse doce de pessoa, esse ser todo bondade e gentileza está na verdade fazendo sua caveira, pelas suas costas, te envenenando com os outros, e você, o bobinho da estória, não percebe nada, e ainda dá corda da falsa amizade.

Claro que não estamos falando de você, o inteligente leitor Canis&Circensis! Mas, fala a verdade, quem não conhece gente assim – tanto o enganado quanto o enganador?!

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