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A ideia de verdade é um dos maiores
impedimentos para que se faça justiça

Nós, os Canis&Circensis, sabemos muito bem sabido que temos detratores que não perdem uma oportunidade para apontar um suposto erro de nossa parte – o que pode acontecer, ainda que seja incomum.

No caso, o (suposto) erro estaria a começar pela formulação do Aforismo: ué, verdade e justiça não são da mesma praia? Falar de uma não é necessariamente falar da outra? Se há alguma coisa que ocupa o posto mais alto no pódio da justiça é justo a verdade, a número 1. Não há outra coisa que a justiça persiga que não a verdade – ora, onde já se viu a justiça procurar a mentira?! A coisa toda parece tão óbvia, de uma obviedade assim tão na cara, que tentar esclarecer o assunto é algo como chover no molhado. Verdade e justiça – simples assim. Sem tirar nem por. Feitas uma para a outra.

Não se trata de querer ser chato – do que frequentemente nos acusam. De querermos causar. De tirar do lugar coisas que no lugar deveriam ficar. No lugar onde sempre estiveram. Sabe, assim, tipo cadeira cativa em estádio de jogo esportivo: nada, ninguém pode colocar a bunda por lá! Mas, então, a chatice de que nos acusam diz respeito a que estaríamos mexendo com duas verdadeiras vacas sagradas da existência humana, que, sendo sagradas, mas sobretudo vacas, não seriam comida de churrasco nenhum, menos ainda os mal passados, sangrando e sangrentos.

Por que uma impediria a outra? Por que a justiça estaria prejudicada, ou mesmo impedida, se a verdade [pior: a simples ideia de verdade, nem a própria] desse as caras? Ou, por outra, à qual verdade o Aforismo estaria referindo-se? Verdade não é tudo a mesma coisa, quer dizer, verdade não é verdade não importa o assunto, o contexto? Verdade é tudo que não é mentira, certo? Por acaso, vocês, os Canis&Circensis, estão sugerindo que aquilo que sempre foi óbvio-que-só, a verdade, deixou de ser? E por quê? Só porque vocês querem? O que vocês querem, bagunçar o coreto? Leitor: de verdade, o que queremos saber é se essa nossa reflexão ainda em seu início já está provocando tanta celeuma, não será porque colocamos o dedo, ou melhor, os caninos na ferida? Que a justiça se faça em nome da verdade!

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