Se você, por qualquer motivo, não tem condição de fazer por conta própria o que deve ser feito, o que lhe resta? Quais alternativas à sua disposição? Se você não tem como defender-se na justiça por si próprio, você tem que ter um procurador, certo? Se você precisa vender um imóvel para saudar uma dívida que se arrasta, mas não tem a menor paciência, nem talento, para tanto, vai precisar de um procurador para representá-lo, certo?
Se você está sendo processado pela ex-mulher que ficar com seu patrimônio, e ela conta com um grande advogado, que aliás é amante dela, de novo você vai ter que constituir um procurador – mas, cuidado, que essa gente, advogados, procuradores etc. podem estar mancomunados e você e sua ex-muher podem tomar uma tremenda bola nas costas, ficarem sem nada, restando um ao outro voltarem a ficar juntos!
Nossos pesquisadores lembram que sempre é possível desconstituir uma procuração e mandar o procurador procurar outro mané para dar uma carteirada. Mas essa possibilidade está aberta à realidade? A realidade pode destituir o homem como seu (dela) representante por não concordar, por exemplo, de ter seu belo focinho-de-porco alcunhado de tomada, ora, ora! Vão vocês tudo tomar no … ops!
E, outra coisa, chamar um sujeito magrelo de 2 metros de altura de pau de vira-tripa!!
Ou um sujeito um pouco gorducho, é verdade, mas só porque ele pesa 180kg distribuídos generosamente na barriga, na barriga e tão somente na barriga e chamar o jumbo de rolha de poço!! E mesmo que não chamasse de rolha de poço, mas chamasse de cotonete-de-mamute, e o que é pior, de Fofo – é desrespeito e, no limite, uma inverdade. Então, estamos assim: muda a palavra, muda a realidade, mas, em verdade, em qualquer das situações citadas é uma palavra (seja ela, focinho-de-porco, tomada, gorducho, rolha-de-poço, cotonete, mamute, Fofo) e nunca a realidade podendo ser ela própria o que ela é, realidade. Por isso, nossos pesquisadores é que estão se perguntando: já que fala tanto em realidade, é realidade pra lá, realidade pra cá, que nós é que perguntamos: no final das contas, palavra, qual é a sua realidade?
Reprodução permitida, desde que citada a fonte. Caso contrário vamos soltar os cachorros em cima do infrator. ;-)
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