Anterior
Próximo

Desaprender é a grande lição de toda a vida

Temos leitores que nos dizem que aprendem muito com a leitura dos nossos Aforismos. Agradecemos. Mas, por nosso eterno dever com a verdade, esclarecemos que não é essa nossa intenção. E olha que nem vamos entrar nessa história (ou estória, se você quiser) de dizer que temos que aprender o certo, que não se pode aprender coisa errada, nem com gente errada (estariam puxando nossas orelhas?!).

Nesse caso, nossos pesquisadores (que são gente séria e estudada) estavam considerando diversas questões: aprender o quê? Aprender para quê? Acumular aprendizado para quê? Como tudo tem um limite na vida, não haveria um momento em que deveríamos parar de aprender? Em que não deveríamos zerar nosso hard disk com tanta informação a que somos diariamente submetidos? Porque também tem isso: imagina carregar nas costas todos os dias o peso do mundo, ou ao menos o peso que para suas costas seria o peso do mundo? Muita canseira, concorda? A travessia fica difícil. Não seria o caso de deixar de lado muita coisa que não serve de mais nada, só mesmo para ocupar espaço e juntar sujeira?

Agora, imagina que esse espaço seja a sua mente, sim, a sua, leitor, e nela você, ao longo da vida, vai colocando coisa, vai enchendo o espaço de coisas e mais coisas, coisas que você nem sabe porque precisa, porque deveria estar ali, que já deu o que tinha que dar, e, no entanto, está lá, ocupando um espaço que bem poderia estar sendo ocupado por alguma coisa mais interessante (nova ou antiga)? Então, a pergunta que fica é: não seria o caso de jogar pela janela tanta coisa que não serve para mais nada?

Mas, parece que aprendemos a aprender, se por aprender se entende sobretudo juntar e acumular. Mas, e se o que deveríamos estar fazendo seria justamente o oposto? O contrário? O inverso?

A pergunta que fica é: desaprender seria o caso de simples dar a descarga, ou seria o mais exigente dos aprendizados?

Quem leu este Aforismo, leu também:

A verdade é de um sadismo de fazer inveja ao mais sanguinário dos ditadores

A verdade não vale um milionésimo da felicidade

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

plugins premium WordPress