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No Aforismo acima, nossos pesquisadores queriam entender se a inteligência humana seria tão confiável quanto o faro de um cachorro. Você, nosso leitor constante, já deve estar desconfiado de que fomos acusados de puxar a brasa para a nossa sardinha, quer dizer, para o animal de estimação que nos inspira e que homenageamos, o cão – mas são críticas maledicentes.
O fato objetivo é que a crítica que nós fazem parte do pressuposto de que a inteligência humana seria tão extraodinária que não comportaria crítica, e que, mesmo nos (muitíssimos) casos em que ela demonstrasse suas limitações, ainda assim seria incoparavelment superir a um mero nariz canino. Nos perguntaram: o cão constrói satélites? O cão aventura-se nos espaços siderais? – sim, o cão já foi ao espaço, mas nossos críticos não aprovaram esse argumento, dizendo que o cão foi colocado na nave, sem ter participado em nada da construção do projeto.
De nossa parte, tentamos responder, perguntando aos nossos críticos: o cão já construiu bombas atômicas e destrutivas? O cão já poluiu mares, rios e riachos? O cão já ateou fogo em florestas? Não é a resposta às três perguntas, e podemos sugerir uma explicação: o cão não se deixou enganar pelo seu faro, que sempre o levou a tomar as decisões certas.
Direto ao ponto: o homem, confiando em sua inteligência, teria a mesma assertividade? A mesma efetividade? Seu número de acertos seria tão grande quanto o número de acertos caninos? Falando nisso: por que o homem, quando quer se orgulhar de algum acerto, de alguma conquista, diz que isso se deveu ao fato de ter tido faro!??
E aí, humano, responda!
Nunca passou pela inteligência (infelizmente, poucos de nós têm faro) de nenhum de nossos pesquisadores negar os acertos (uma meia dúzia) e conquistas (outra meia dúzia) do homem, mas – perguntamos – a que preço?
E aí, humano, responda!
Reprodução permitida, desde que citada a fonte. Caso contrário vamos soltar os cachorros em cima do infrator. ;-)
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