Estamos, cada um de nós, destinados a ser o que seríamos (para bem ou para mal), ou haveria alguma coisa a ser feita para melhorar o que já está destinado a ser bom e o que está destinado a não ser nada mais do nada que seria mesmo afinal?
Nossos pesquisadores partiram da referência, muito presente em certa literatura religiosa, que diz que o homem tem uma forte ligação com a pedra. É pedra para tudo que é lado: pedra porque pedra passa a ideia de coisa forte e poderosa; pedra porque pedra passa a ideia de coisa imutável, não suscetível de mudar sua forma de ser diante de qualquer sedução externa; pedra porque pedra é a base sobre a qual pode-se erigir um edifício que resistirá a tudo que é ataque e tempestade, permancendo vivo (o edifício) e viva (a pedra) por milênios de milênios – o desenvolvimento dos materiais certamente daria opções mais interessantes, mas, leitor, você vai querer brigar com uma tradição de milênios?! Deixa quieto!
Tudo bem que tem pedra que deu origem a uns comportamentos nada civilizados, tipo o apedrejamento, tratamento que mulheres adúlteras conheciam bem.
Sem esquecer que a pedra entrou para a cultura como algo assim tão, mas tão imutável, que, para garantir que nada mudaria, deu ela origem à expressão cláusula pétrea que, no sistema jurídico significa algo que não pode mudar, algo imutável.
Como a pedra, o homem, quer dizer: esse faria da pedra uma inspiração para o seu caráter, que deveria ser como uma cláusula pétrea, inabalável, mesmo diante de chuvas torrenciais e tempestades de acabar o mundo. (Leitor, você não acha que essa obsessão pela pedra pode na verdade estar escondendo ou escamoteando uma inflexibilidade pétrea, uma incapacidade de mudar verdadeiramente pétrea!? – só estamos dividindo com você uma questão que surgiu em nossa discussão, sem querer ofender ninguém, longe de nós!)
Mas, se o homem-pedra não deveria nem poderia mudar, como poderia evoluir? Como melhorar? Se ele homem-pedra nasceu qual uma pedra cheia de pontas, assim viveria e assim morreria? E se ele nascesse como uma daquelas pedras verdadeiramente preciosas, do que ele precisaria para brilhar, viver e morrer?
Reprodução permitida, desde que citada a fonte. Caso contrário vamos soltar os cachorros em cima do infrator. ;-)
Canis Circensis – Copyright 2024 – Políticas de Privacidade