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O sangue chega primeiro, a inteligência vai mais longe

A obsessão humana por ocupar o primeiro lugar no pódio é coisa pra lá de conhecida. Quem não quer ser o primeiro aluno da classe; o aluno com as melhores notas, aquele que passa em primeiro lugar no vestibular? Quem não quer ser o mais cobiçado no seu grupo social, o mais querido (pode ser querida também), o mais amado, aquele com maior distinção social, aquele a merecer mais e mais aplausos, o que ganha mais, aquele que é sempre promovido em primeiro?!

Leitor, respeitando nosso pacto de verdade, vamos todos reconhecer: todo mundo, e cada um de nós. Mas, para não passarmos atestado de pretensiosos, decidimos estudar esse Aforismo baseado em uma constatação, ou condição biológica: em uma disputa pelo primeiro lugar, quem vai levar a taça: o sangue ou a inteligência?

Como gostam de complicar, nossos pesquisadores perguntaram-se: mas de qual competição estamos falando? Mas, entenda: nossos pesquisadores decididamente não gostam dessa história de regrinha-de-três, como se houvesse uma só resposta, independente do contexto, para todas as questões, independente do que se esteja discutindo. Seria como se se estivesse falando de economia pública como se fala de economia doméstica; como se se estivesse falando de uma corrida de fórmula 1 ou de uma corrida entre espermatozoides para saber qual deles irá se responsabilidar por ser você. Nesse ponto, nossos pesquisadores pensaram: se estivermos pensando no mundo biológico, então teremos que pensar em coisas tipo: se vem uma presa me comer, eu não tenho que ficar fazendo filosofia de buteco, tenho mais é que dar no pé: ponto para o sangue!

Se estivermos pensando em dar aquela resposta para o chefe, aquela que ele merece há muito tempo, é melhor dar um tempo com o sangue, agir com inteligência e presevar o emprego e deixar a raiva para outro momento: ponto para a inteligência. Quando estavam nesse ponto, um de nossos pesquisadores especulou: mas isso não lembra aquela história do tapa na cara: se alguém te dá um tapa na cara e você reage com um mesmo tapa igual, seria uma vitória do automatismo do sangue. Mas se você deixar de lado essa situação meramente física, passá-la para um campo mais sofisticado, mas mesmo assim agir como se ainda estivesse no campo em que as coisas são decididas na bravata do sangue, você não estaria sendo nada inteligente, concorda?

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