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Onde tem alegria, para que filosofia?

Sabemos que vocês devem estar pensando: esse Canis&Circensis são loucos (mais do que imaginávamos)? Se é que vocês fazem alguma coisa, essa coisa está relacionada com o pensar, com o refletir, que, à falta de uma palavra mais nobre, vamos chamar de filosofia. Então, vocês querem dizer que irão estudar um Aforismo que é justo o oposto do que vocês fazem, ou dizem que fazem? Estão vocês dizendo que a alegria é uma espécie de prova dos 9, que com a música não tem erro, ou ao menos ela é mais interessante do que essa balela de pensar, porque tem isso, quem pensa, e porque pensa, pensa que pensa e aí é aquele sem fim e sem ponto final de pensamento.

Bem, em nossa defesa, poderíamos lembrar de muita gente boa (claro que é boa: nós vamos usar em nosso favor) que já disse o mesmo antes, nos plagiando por antecipação. Mas, sem citar nomes, para não denunciar os plagiadores, seremos obrigados a lembrar que um sorriso na boca de um filósofo não chega a ser tão raro quanto dente em boca de desdentado, ou fio de cabelo em cabeça de careca, mas que não é lá comum, isso não é.

Além disso, em favor da alegria – e olha que estamos nos referindo à alegria genuína, não àquela alegria pra vender felicidade empacotada – tem coisas que nos fazem pensar – ops, lá vem a filosofia de novo, essa tentadora. Bem, mas como dizíamos antes de sermos desviados pela tentadora, a alegria, ao contrário da filosofia, é contagiante. Filosofia não é coisa que se preste a contágio, está mais uma sedução sedutora, aquela que diz ser ela e mais ninguém a detentora da verdade, ou ao menos a que tem os melhores óculos para ver a realidade. Até pode encantar, mas alegrar? Uma meia dúzia de uns três ou quatro até podem se encantar, mas os restantes 99,99% vão preferir mesmo é rir de orelha a orelha. Então, cabe-nos, com a honestidade que exige a verdade (pronto: lá vem filosofia), perguntar: o que a alegria tem que a filosofia não tem?

Não sabemos quando conseguiremos responder a contento, porque, reconhecemos, nossos pendores são limitados. Para nos consolar, nos propuseram mesmo que formássemos um dupla, tipo essas duplas de dois em que um berra mais que o outro. Bem, já temos o nome adequado e a logomarca, só falta descobrir algum de nós que saiba diferenciar um Si de um Sol e que, ao cantar, seja ao menos digno de dó.

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