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Ou a convivência ou a consciência – as duas, juntas, não dá

É possível conviver conscientemente, ou a consciência impediria a convivência? Na verdade, por que essas duas condições seriam incompatíveis?

Nossos pesquisadores queriam entender porque em uma raça tão gregária quanto a raça humana alguns indivíduos consideram-se assim tão apartados do restante que conviver com um semelhante seria uma verdadeira agressão à inteligência e à consciência.

Do outro lado da reflexão, há aqueles que se perguntam como uma raça tão individualista, egocêntrica, tão autocentrada consiga ser capaz de conviver 5 minutos com outros tão iguais quanto ele sem que ambos se matassem na primeira oportunidade.

Dá para viver junto com outros que, como você (não você-você-leitor, mas seu colega de serviço, aquele traste), pensam que não dá para pensar conscientemente em outra coisa senão acabar com a vida do traste que não pensa como você?

Viver junto não significa que você tem que conviver com o traste do seu colega de serviço? Com o traste de seu ex-melhor amigo, que agora revela sua verdadeira vocação de traste ao apoiar politicamente um vagabundo da pior espécie, seu ex-amigo que, enquanto era amigo, até que comia de garfo-e-faca, não soltava pum na mesa de jantar e até pagava uma cerveja por mês pra você?

Pra piorar, o traste do seu colega de serviço está saindo com a sua irmã, que passou a não gostar mais de rock pauleira, preferindo o funk de laje, que ele canta com outros colegas de serviço, tudo traste.

Pra piorar o que já está ruim (ou pior), o traste do seu colega de serviço adula sua mãe, leva uns bombons pra ela, que é diabética!

Dá pra conviver conscientemente com uma criatura dessa, suspeitando que ele pensa de você o mesmo?

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