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Para descer, todo santo ajuda.
E, por que na hora de subir as angélicas asas batem em retirada?

Inicialmente, nosso profundo respeito a quem tomou aquela rasteira na vida, seja por parte do colega-traíra do trampo; seja por parte da mulher (des)amada; seja por força de alguma medida econômica que bateu nossa carteira mais uma vez.

Ou, claro, seja por conta do próprio interessado, mais interessado que estava em mais um gole (foram mais cinco, pelo menos), em mais uma tragada da ‘mardita’ (foram mais umas três, no mínimo), foram só mais três carreirinhas (não: foram mais, e das grandes e gordas).

O fato é que o nosso interessado meteu o pé na jaca, caiu em desabalada carreira e a última vez que foi visto estava a um passo do fundo do poço, ou quase lá! Queda rápida, dá até para desconfiar que, tudo bem, nosso interessado não estava com os freios em dia, muito menos contava com um airbag existencial, mas só ele meteu o pé no acelerador? Não contou com a ajuda de ninguém, nem unzinho de um amigo (fora, claro, o amigo-traída do trampo)? Todo mundo desapareceu assim? Isso costuma acontecer.

Então, para tentar elucidar esse Aforismo, nossos pesquisadores começaram a levantar algumas hipóteses. A que se mostrou mais instigante – mas também a que gerou muita discussão – colocou como possível co-responsável, ninguém mais ninguém menos do que aquelas doces e angelicais figuras que há milênios povoam nossa imaginação, uns serzinhos gorduchinhos, de cara avermelhada, tudo bem que de cara meio marota, parecem estar aprontando alguma, ou vendo alguém aprontar e neca-de-pitibiriba, silêncio pra lá de cúmplice, sinal verde para a trangressão moral.

Você sabe de quem estamos falando, todo mundo tem um, como uma guarda, que nos acompanha. Agora, se estamos pensando corretamente, guarda é para guardar, para cuidar, para impedir que algo de ruim ou de pior aconteça. No entanto, nenhum deles moveu uma mísera pena de uma de suas asas para ao menos amortecer a queda do nosso sujeito-cadente. Nem dizemos impedir, é amortecer mesmo, e nem isso.

Não estamos aqui nesse espaço para espezinhar a fé de ninguém, mas, amigo, em caso de necessidade, na próxima queda, não confie mais nos inoperantes lindinhos.

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