Por aqui, na Canis&Circensis, vivemos de pensar e de escrever. Com o cérebro ocupado em desenvolver ideias, em especular a não mais poder, e com as mãos ocupadas tão-somente em digitar textos e mais textos, e com os dedos frequentemente apontados para criticar Desu-e-o-mundo (segundo nossos críticos mais severso), seria natural considerar que faltaria tempo para colocar a mão na massa. Em decorrência disso, outra crítica que nos fazem é para nossas mãos, um tanto delicadas demais para trabalhos mais exaustivos e extenuantes.
Mas, essa gente crítica sabe lá quanto exige pensar? Quanto custa? Falando em custos, e considerando as críticas que nos dirigem, você, leitor, bem que poderia abrir seu coraçãozinho peludo e abrir sobretudo a carteira e mandar uma grana para nós – aceitamos diversas formas de você contribuir para que nosso trabalho alcance o mais longíquo possível que permitirem os algoritmos. Não queira tudo de melhor apenas para você! Vamos lá, mão na consciência e na carteira!
Feito o desabafo pecuniário, voltemos à vaca fria do Aforismo.
Em tom de autoanálise, nossos pesquisadores estavam interessados em entender por que gente que pensa tem braço curto que só. Encher uma laje?! Nem pensar – quer dizer, só pensar, porque encher a laje mesmo … vai esperando!
Que graça e charme existiriam em quem só pensa, incluindo, claro, a grande maioria que pensa que pensa, assim, pensa que o que pensa preste para alguma coisa? Parece uma sinuca de bico, ou quando o jogo de xadrez trava – nenhuma jogada é possível, não se tem para onde ir. Nesses casos, resta o quê? Pensar, concorda. E há muito em que pensar: por que o jogo travou? Não teria sido melhor ter utilizado a jogada ‘a’ e não a jogada ‘b’? Se começarmos a pensar nas aberturas possíveis do jogo de xadrez, aí não tem fim: poderia ter sido uma Defesa Siciliana ou Gambito da dama recusado, que, por sua vez, geram variações desde posições tranquilas (caso da Abertura Réti e algumas linhas do Gambito da Dama Recusado) a táticas de jogo arrojadas (caso do Gambito Letão e Defesa dos dois cavalos). Em nossa defesa, dizemos: não é mesmo mais legal pensar que tudo poderia ter sido diferente a começar do fato de que trabalhar como se trabalha não vai levar ninguém a lugar nenhum?
Reprodução permitida, desde que citada a fonte. Caso contrário vamos soltar os cachorros em cima do infrator. ;-)
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