Anterior
Próximo

Quem insiste ainda tem uma chance.
Quem desiste, não tem mais nenhuma

Antes de nos chamarem de teimosos, retrucamos que aceitamos a crítica, que para nós é elogio e motivo de orgulho. E por acaso tem lá outro jeito de viver? Você conhece alguma alternativa, leitor, a não ser insistir, e fazer de novo, e fazer de novo mais uma vez, e refazer, e refazer de novo mais umas duzentas vezes? Claro que é mais fácil abrir mão, deixar de lado, deixar quieto, deixar para lá. Mas, como é que você pensa que nós chegamos a esse apreciado padrão de qualidade em nossas análises, por que é assim que você vê nosso trabalho, leitor? Alguma dúvida? Olha lá, hein?!

Modéstia às favas, nossos pesquisadores, que, aliás, só são pesquisadores porque são uns teimosos, ao especularem sobre os ganhos da teimosia, não estão considerando aquela teimosia de mula empacada, que, você, inteligente que é, sabe que a mula, ao empacar, está empacando porque ou o peso é excessivo, ou o condutor é inábil – e a realidade mostra que se o homem tivesse tido essa reação lá atrás, o mundo do trabalho como nós o conhecemos simplesmente não teria existido. Nessa história, triste mesmo é a mula ser estéril, porque, fosse fértil, seriam mais as que mandariam o inábil condutor (o homem, com o perdão da redundância e da repetição) para … para … você sabe para onde! Já imaginou? Um movimento de mulas recusando-se todas elas a carregar um peso desproporcional e, principalmente, recusando-se a serem conduzidas por um tipo de gente que tem zero habilidade para conduzir o que quer que seja, imagina a vida de uma mula?! Imagina o que pensaria a mula quando ela pensasse que esse energúmeno que tenta dirigi-la pensa ser capaz de dirigir uma empresa, uma cidade, um estado, um país, a economia, a política? Elas rapidamente concluiriam que não haveria nenhum motivo para que esse ser insistisse em continuar insistindo em conduzir o que quer que seja, porque o fracasso seria mais que certo. Elas poderiam inclusive pleitear uma mudança na conceituação científica da raça: de equus caballus e equus asinus para algo como equus caballus sapiens e equus asinus sapiens, e que o inábil condutor passasse a ser conceituado como nesciens, pura e simplesmente.

Resumo do Aforismo, leitor: insistência só parceirada com a inteligência, senão e se não é mais do mesmo.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

plugins premium WordPress