Logo de início, um esclarecimento: o “você” acima não é você-você, você-nosso-leitor, você-de-certa-forma-também-um-Canis&Circensis (que canina honra!). É, ou melhor, são todos aqueles-outros, aqueles-aqueles, aqueles-desqualificados, aqueles-bando-de-traíras, aqueles-duas-caras, aqueles-faca-nas-costas, aqueles maledicentes.
Nossos pesquisadores pensaram em tudo isso dessa gente dessa forma não apenas por que eles não são leitores do Canis&Circensis (se bem que esse seja um bom motivo!), mas porque nos parece perfeitamente claro que do mato do humano não sai coelho (sobretudo vivo, porque o homem exterminaria com todos).
Mas, pensaram nossos pesquisadores, que seria justo dar alguma chance, mesmo para quem não se faça digno de nenhuma. Por isso, pensaram: e se cada um dá tão somente o que tem, o que exigir de mais quem não tem senão de menos? Em outras palavras, e se o homem, ao oferecer ao mundo sua incompetência, sua inaptidão, sua inépcia, sua vileza, sua estupidez, sua truculência, sua incapacidade para a convivência justa e solidária, sua falta de destreza no trato das coisas, sua habitual violência, sua maledicência disfarçada com generosas doses elogiosas de falsidade, seu ultraje, sua infâmia, sua canalhice, sua hipocrisia, seu apetite insaciável para o poder, sua corrupção, sua ladroagem, sua ignomínia, sua canalhice, sua safadeza, sua ladroagem, sua bílis preta, seu ranço, seu descaso, sua roubalheira, sua sevícia, sua ingratidão, sua preguiça, sua ladroagem, sua gulodice, sua inveja, sua ira, sua raiva, seu despeito, seu desprezo, sua crueldade, seu diz-que-que-diz, sua lerdeza, seu braço curto para o trabalho, sua pretensão, sua arrogância, sua petulância – se esse ser de múltiplas facetas estivesse oferecendo não apenas o seu melhor, mas tudo de que é capaz?
O que se pode exigir de quem não se pode exigir nada mais, nada menos que nada?
Reprodução permitida, desde que citada a fonte. Caso contrário vamos soltar os cachorros em cima do infrator. ;-)
Canis Circensis – Copyright 2024 – Políticas de Privacidade