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Resistir à violência com violência
não é resposta, mas, às vezes, é a única resposta

Leitor, você sabe que já fomos acusados de diversas coisas, algumas delas até assumimos, mesmo quando sabemos serem no mínimo indevidas, quando não francamente injustas. Mas, do fundo de nossa alma elevada podemos afirmar com convicção que jamais nos poderão acusar de seguirmos uma determinada orientação cujo caráter não seja minimamente científico, nem que, repetida à exaustão (para virar um verdade que se perpetua com o passar do tempo), fica com aquela cara de máscara de cera da verdade.

No caso do tema ora em foco analítico, a violência, a meditação de nossos pesquisadores vai na direção seguinte: adiantaria agir violentamente contra quem agiu violentamente contra nós? Não iremos aqui nos demorar em análises de caráter religioso-moralista (o que dá mais ou menos no mesmo), que reza de pé junto que não poderíamos proceder da mesma forma que nossos adversários ou inimigos, que não devemos fazer com eles o que eles fazem com a gente, mesmo e principalmente se esse pessoal veio para cima na covardia, na maldade, na malícia, no engano, no logro, na mentira, na desfaçatez, da falsidade, na fraude, na tolice, na asneira, no disparate, na futilidade, na frivolidade, no engano, na ilusão, na simulação, na demagogia, no puro e simples migué, no embuste, na hipocrisia, na falácia, na desinformação, na barganha, no erro, na farsa, na escrotidão, na calúnia, na burla, na trapaça, no desajuste, na inexatidão, na balela, no boato, no complô, na maquinação, na desonestidade, no embuste, no artifício, no deslize – não, nada disso, nenhuma dessas possibilidades justificaria que você agisse da mesma forma e na mesma medida. Afinal, quem você está pensando que é, a Natureza?, que, depois de ter aguentado você caladinha, quietinha, você, um agressor contumaz, que, depois de ter sujado o planeta, infestado o planeta, empesteado o planeta, poluído o planeta, aquecido o planeta além da conta, arrebentado com tudo, reage exatamente da mesma maneira com que você a agrediu, com a mesma força e violência, aí é furacão pra lá, é inundação pra cá, é chuva torrencial que não para, é deslizamento de terra que soterra e mata e aleija quem estiver embaixo, ora, que fossem morar em outro lugar, seguro! Gente, mas e se a Natureza estiver certinha da silva? O que devemos fazer com o blá-blá-blá de que violência só gera violência, e quando é da parte deles, tudo bem, mas quando chega nossa hora, chega também a hora de ser bonzinho?)

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