Reza uma antiquíssima sabedoria que, caso você encontrasse um sábio, um verdadeiro exemplar da sabedoria encarnada, não lhe restaria alternativa, senão matá-lo.
Você, leitor, pode ter estranhado que nosso equipe de pesquisadores tenha escrito como parágrafo inicial desse Aforismo, frase assim tão agressiva.
Mas, por que matar o verdadeiro ser encarnado de sabedoria em todos os poros? Se não se deve nem matar o pilantra do seu colega de serviço, traíra até o medula, o que dirá de um sábio cheio de sabedoria para dar?
Por dever de verdade, devemos que confessar que, se não todos (amém?!) alguns de nossos pesquisadores temeram pela própria vida, por simples e coerente respeito ao que está escrito no primeiro parágrafo – oportunamente, produziremos um Aforismo tematizando como um pesquisador pode se considerar um sábio, inclusive a ponto de poder ser eliminado caso tivesse revelado sua sábia e por isso mesmo dúbia condição.
Como seja, observamos incialmente, caso a ideia do primeiro parágrafo fosse de nossa exclusiva autoria, que seríamos criticados por uma espécie de proximidade que a soberba tem com a sabedoria – mas não fomos nós os autores originais, ainda que concordemos com ela.
Não sabemos dizer se o autor (eventualmente autores) da ideia do primeiro parágrafo concordaria com a ideia da formulação do Aforismo.
Resta-nos especular: por que o destino da sabedoria seria encontrar a morte? Achamos que fomos menos radicais: para evitar que nossos ouvidos fiquem em pior situação que esgoto a céu aberto, achamos mais prudente chamar a atenção para o fato de que a sabedoria que vá se abrigar na cas do … ops, mas no nosso ouvido é que não! Que a sabedoria que abra a boca o quanto quiser que ficará em pior situação que pregador pregando para a areia do deserto.
Achamos que ao menos nessa última situação, o cheiro será muito mais suportável!
Reprodução permitida, desde que citada a fonte. Caso contrário vamos soltar os cachorros em cima do infrator. ;-)
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