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Se o capitalismo está em crise é por que a consciência está em crise?

Qual a relação entre dinheiro e consciência? Como você percebe, caro leitor, nossos pesquisadores não temem enfrentar temas espinhosos. Assim, eles se perguntaram: o dinheiro – afinal, o objetivo único do capitalismo –, se está fluindo, seria porque a consciência está permitindo que isso aconteça e porque está alinhada com esse fluxo de entrada de dinheiro, certo? O mesmo acontecendo se em sentido inverso: se a consciência estiver em crise, cedo ou tarde o capitalismo entrará em crise. Por trás deste raciocínio está a ideia de que há uma ordem piramidal das coisas: em cima, a consciência; embaixo, a materialidade vulgar e grosseira (que inclui dinheiro, sexo e bife acebolado).

Então, as crises cíclicas do capitalismo até poderiam continuar sendo explicadas por uma bagunça geral nos preços, pelo descontrole da atividade produtiva, pelo desbalanço das contas públicas e privadas, mas com a condição de que essa bagunça, tivesse, por sua vez, uma origem, qual seja, porque os neurônios decidiram bater cabeça!? E, batendo cabeça, mexeriam nos preços do arroz, do aço, das passagens, da produção de aviões, da prestação de serviços?!

Quando começaram a trabalhar com esse tema, nossos pesquisadores acharam inicialmente essa ideia um tanto estranha: para alguns dentre nós, fez lembrar o caso de um certo paranormal, que dizia ser capaz de entortar talheres. De que serviria uma colher torta? Iria derrubar a sopa! E um a faca torta? Não cortaria nada! O que esse suposto poder mostraria?

Dentro da lógica do Aforismo, seria uma conquista caso o suposto paranormal (ou outro paranoico qualquer), diante de uma nota de um dólar, transformasse-a em uma nota de 100 dólares! Ou paranormais a serviço do governo A causassem uma tremenda bagunça ao desvalorizarem a moeda oficial do país B, provocando inflação, diminuindo o poder da compra dessa moeda, empobrecendo a população, criando as condições de distúrbio social! Isso sim seria colocar a consciência a serviço do capitalismo! Perto disso, entortar talheres … ora, ora!

Esse assunto dá muito pano pra manga, mas, pelo momento, vamos reconhecer: debitar a bagunça toda não aos desmandos do próprio sistema, e à ganância de uns poucos, mas aos neurônios do Zé das Couves, da Maria dos Doces, do Chico mecânico, do Sílvio soldador, gente de carne, osso, dívidas e boletos é uma mão na roda para quem para quem não coloca a mão nem na roda e muito menos no fogo.

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