Leitor amigo, você não faz ideia do quanto apanhamos tentando estudar mais a fundo esse Aforismo. Bem, até dá para supor, afinal, estamos metendo a mão em cubuca, mas, confessamos (olha só o verbo que estamos usando) não entender direito. Acompanha só!
Primeiro porque somos cientistas e, como tal, nosso interesse está na verdade. Nosso interesse não está nem em mistificar nem em desmistificar nada (se bem que, nesse caso, é o que não raro acham que acabamos fazendo, ainda que não seja essa nossa intenção, imagina!).
No caso em tela nesse Aforismo nosso interesse estava (e continua) em saber a relação entre inícios e fins, mediada pelas condições que existem quando a situação é considerada concretamente. Então, se existe alguma mensagem que, ao ser divulgada ou promovida, ou minimamente apresentada, bate de frente com a informação vigente, o que acontece? Moleza é que não vai ser, concorda? Então, nos parece bem óbvio que, no caso de contradição, para não dizer mesmo confrontação, ninguém que estiver nessa situação vai receber uma salva de palmas, nem vai ouvir pedido de bis!
Se nosso raciocínio estiver correto, o que vai acontecer, caso aconteça o descrito no parágrafo acima, é justo o oposto de pétalas de rosa. Observe, leitor, que aqui não está em questão se o valor ‘x’ é mais justo que o valor ‘y’. Imagine você entrar, digamos, em uma escola de samba apontando o dedo para todo mundo, dizendo que todo mundo lá está errado, que o samba não vale nada, que a escola está desfilando toda torta, que as baianas (olha onde está se metendo!) estão desfilando que nem acarajé sem gosto, que a bateria só vai ganhar nota dez de velhinhos surdos e sem aparelho auditivo, que o mestre-sala e a porta-bandeira estão dando canelada um no outro, que na comissão de frente só tem morto-vivo, que alegorias e adereços estão feios que-só, que as fantasias parecem coisa de fantasma mesmo – então, depois de tudo isso, o que você esperaria ouvir, hein?!
Então, não entendemos por que a cruz seria alguma coisa assim tão inesperada!
Reprodução permitida, desde que citada a fonte. Caso contrário vamos soltar os cachorros em cima do infrator. ;-)
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