Até gostaríamos de discutir cientificamente se essa porcentagem está correta, se está super dimensionada, mas, em respeito ao espaço de que dispomos aqui, vamos aceitar a premissa da colocação.

Então, pareceu bastante óbvio aos nossos pesquisadores que uma coisa puxava a outra. Em outras palavras: se só formos capazes de utilizar 19% da nossa capacidade mental, é só questão de fazer uma regrinha-de-três bem marota, e perguntar: por que seríamos capazes de ver mais do que 10% da realidade se só utilizamos 10% da nossa capacidade mental?

Percebemos, quando comentávamos com as pessoas sobre o teor desse Aforismo, o desconforto e o mal-estar. Quase víamos o pensamento delas, como em um balão de história em quadrinhos: “Então quer dizer que da totalidade de 100% eu mal consigo enxergar 10% do que quer que seja, cores, paisagens, rostos emocionados ou enraivecidos? A situação política, a economia, a sociedade, a sexualidade do pessoal, os negócios? Quer dizer que tem muito, mas muito mais coisa para ver e eu … nada? Tá me chamando do quê: cego, vesgo, estrábico, caolho?”

Claro que essa situação é muito complicada, e não queremos tripudiar ninguém, mas a incapacidade das pessoas de enxergarem o óbvio (obviamente fora dos 10% de visão!), nos deu uma idéia. Como manter nossa Fundação Canis&Circensis não é brincadeira (aliás, leitor, você bem que poderia se informar com os pitbulls e rottweillers do nosso Comercial sobre as condições de você contribuir para o aumento da capacidade mental e visual humana), nos veio à mente (temos em média mais do que 10% de capacidade cognitiva) uma ação comercial: lançar uma linha de óculos Canis&Circensis, com diversos modelos, diversos tipos, para todo tipo de incapacidade cognitivo, tipo: incapacidade de visão política, econômica, social, sexual, de negócios, esportiva e por aí vai. Em um segundo momento, lançaríamos nossa linha de lentes de contato, justamente para permitir maior contato com a realidade à volta. Em um lance ousado, estamos pensando em implantes ótico-cerebrais – com a devida majoração na nossa tabela comercial . Como você vê nossa iniciativa, leitor?