Certa ciência (se é que merece este nome) diz que as coisas são como são, e sendo como são, não restaria ao homem (o ser mais anti-científico que existe) seguir a manada e ser como é. Motivos: as coisas todas sendo como são, são como deveriam ser e que não poderiam ser de outra forma. Bastaria perceber as coisas como são – simples assim.
Essa maneira de ver as coisas sempre chamou a atenção de nossos pesquisadores, que estão tentando, e não é de hoje, entender como quem não entende as coisas assim como deveriam ser como disseram que deveriam ser quem disse que as coisas deveriam ser, como esses não entendem – analfabetos funcionais de pai e mãe, cachorro e papagaio!
Um de nossos pesquisadores, versados nas origens da língua, lembrou que a origem (ele usou uma palavra empolada, etimologia) da palavra teoria é justamente “fazer ver”, possibilitar a visão.
“Como assim?!” – perguntaram vários respondedores dessa pesquisa. “Eu não preciso que ninguém me diga o que eu devo ver e nem como eu devo ver, ora, bolas! Se eu vejo alguém dando uma esmola para alguém, eu vejo alguém prejudicando alguém que, recebendo uma caridade, não fará nada de vontade própria para sair da situação em que se encontra. Se eu vejo um professor de escola que não repreende duramente um aluno que não fez sua lição de casa, eu estou vendo um profissional relapso formando um aluno e um profissional relapso.
Quando colhia essa resposta, o pesquisador aproveitou a oportunidade para dizer ao respondente que tem gente que, diante de uma ação de caridade, vê uma ação digna e bem humana, e que diante de um professor que corrige a lição de um aluno com zelo e atenção está corrigindo esse aluno da forma correta!
Prezado leitor, o que você acha: mandamos os dois respondentes um para o oculista do outro, para ver se eles passam a ver as coisas de maneira diferente?
Reprodução permitida, desde que citada a fonte. Caso contrário vamos soltar os cachorros em cima do infrator. ;-)
Canis Circensis – Copyright 2024 – Políticas de Privacidade