Que tem gente teimosa no mundo, basta olhar do lado, pra trás, pra frente, para cima, pra baixo. Que tem gente que insiste em ser como é, mesmo porque as opções conseguem ser ainda piores, também não resta dúvida.
Em outras palavras, essas agora mais sofisticadas, para defender a cidadela do próprio eu e de sua forma de pensar (aqui estamos falando de uma remota possibilidade) o homem não deixa de se como é nem que vaca tussa. Não ocorre a esse ser de limitações que, sendo assim, continuará sendo assim; que sendo assado, continuará sendo assado; que insistindo em ter razão, abrirá mão de diversas situações muito mais interessantes. Uma delas, o beijo.
Direto ao ponto: alguém já viu beijo de bicudo? Parece cabeça de bacalhau! Se existe, ninguém viu. Voltando ao beijo metafórico do bicudo. Tudo bem que bicudo não é gente, o que já é uma vantagem, mas se for tão teimoso quanto, não se beijarão nunca – a única vantagem nesse caso é que eles não saberão o que estariam perdendo. Bellaroba!
A verdade, leitor, é que tem uma hora que não dá. Não dá nem para considerar que os bicudos não se beijam porque tudo que é bicudo tem mau hálito – o que de fato é um complicador. Mas, que resolvam esse problema de halitose, que beijem e beijem-se à farta.
Como temos em alta consideração toda a bicharada, com o bicudo não seria diferente, mas, ô, bicudo, deixa de ser gente, deixa de lado o orgulho, e vai de beijo! E não adianta dizer que não concorda com o/a parceiro(a), que tem idéias diferentes, visões diferentes, inconciliáveis e irreconciliáveis. O que tudo isso significa perto de um beijo bem dado? Pode ser beijo amaciado ou daqueles beijos estalados.
Ou vai continuar nesse orgulho besta, vão cada um pro seu canto, um de bico com o outro?!
Reprodução permitida, desde que citada a fonte. Caso contrário vamos soltar os cachorros em cima do infrator. ;-)
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