Segundo nossos pesquisadores, nove entre dez respondentes consideram que a política é a casa da mãe joana. Mas, apesar disso, na hora de colocar em ordem a casa da mãe joana ninguém quer colocar a mão na massa. Mexer no que tem que melhorar seria pior do que deixar a coisa pior como está, pior e piorando direto! Então, é aquela história de deixar como é que está para ver como é que fica!
Segundo apuraram nossos pesquisadores, a quase totalidade das pessoas acha que tentar acertar essa situação é coisa de gente que não tem nada na cabeça – não leem os Aforismos de Canis & Circensis.
Mas: 1) se a coisa não está boa; 2) e se tentar melhorar é coisa de filho temporão de gente mais velha e rica: gente que acha que, tendo tudo a mão, acha também que o mundo está à sua disposição, filho mimado, cheio de caprichos – o que fazer? Se não correr, o bicho vai pegar!
Que situação a desse filho, mimado ou não: voltar a ser como os pais-reclamões, que sabem que as coisas, principalmente na política, são assim e tentar mudar é trocar o ruim pelo ainda pior, pelo péssimo? Mas as coisas ruins não devem mudar? Podem até ser ruins, mas mesmo que devam mudar, pode-se mudá-las?
Por que acreditar que o Sol nasceu para todos? Por que acreditar que todos podem ter uma vida digna e fraterna? Por que achar que amanhã será melhor do que ontem e hoje? Por que gastar energia pensando em melhorar, energia fundamental para continuar vivendo hoje como sempre se viveu a sobrevida de mera sobrevivência de hoje?
Além do mais, querer não é – como dizem – poder. Poder é para quem pode. Como obedecer é para quem continuar vivo. O máximo tolerável de mudança é a mudança que deixa tudo como sempre esteve e sempre deverá estar.
Reprodução permitida, desde que citada a fonte. Caso contrário vamos soltar os cachorros em cima do infrator. ;-)
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