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O que incomoda na ambiguidade é que ela é uma dupla verdade

Quando começamos nossas conversas informais sobre o Aforismo acima, certa vez estávamos na sala do café e, quando nossos pesquisadores começaram a levantar as primeiras idéias sobre o tema, ouvimos risinhos do pessoal. E ouvimos alguns comentários? “Dupla verdade?”, “Ambiguidade”. Colocamos nossas orelhas caninas a postos. Deu para ouvir coisas muito interessantes. Seguem abaixo.

“Minha relação com minha mulher é ambígua, quer dizer, tenho duas mulheres!”

“Então, quer dizer que você tem uma dupla de mulheres?”

Ao que a mulherada replicou: “Vamos falar uma dupla verdade: você é cretino duas vezes!”

Em outra direção, ouvimos que a situação econômica do sujeito que falava era duplamente verdadeira: devia para dois agiotas diferentes.

Uma outra, mais engraçada, vinha de um sujeito que dizia que dupla verdade parecia como dupla sertaneja: Ambi & Guidade.

De nossa parte, a idéia era como que colocar lado a lado, em igualdade de posição, duas idéias que, num primeiro momento, até poderiam parecer contraditórias, mas que tinham, cada uma delas, tanta validade uma quanto a outra. Sem nada de superior uma em relação à outra. Não pareceria ambígua essa idéia para 9 entre 10 quaisquer um da vida?

(O um que não está dentro dessa proporção é certamente leitor e apreciador das idéias dos Canis&Circensis, gentes que se merecem: quem escreve e quem lê, modéstia canina à parte, nós e você! Mas aí já seriam duas entidades, e, na proporção acima, só pode uma entidade estaria fora da tonteria do dia-a-dia – ou seja, estamos diante de uma ambiguidade? Ou diante de uma dupla verdade? Ou de uma verdade vezes 2?)

 

Nossos pesquisadores estão acostumados com essa situação que causa tanto incômodo, não importa o assunto que esteja sendo discutido ou abordado. Bastou ter dois para começar um grande rebuliço – não acha?

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