Observe inicialmente que nós, os Canis&Circensis, nunca chamamos você de irmão – sempre foi de leitor, por respeito ao nosso trabalho e a você. E por respeito às nossas ideias e por tudo aquilo que nossos estudos permitem constatar da realidade da vida e das coisas.
Acompanhe nosso raciocínio, irmão (ops), leitor. Guerras, assassinatos, pobreza, miséria, corrupção, escravidão, fome, assalto, roubo, furto, dominação, exploração, desinteresse (poderíamos expandir a lista, mas ficaremos aqui) – não é isso que nos impomos uns aos outros cotidiamente, com toda a frequência do mundo? (Excluímos por óbvio nós e você, leitor). A segunda incógnita da equação é a que segue.
Imagine que um viajante espacial, inter-galáctico tivesse a infelicidade de aportar por aqui. O que ele constataria? Não apenas a existência de tudo o que está descrito na formulação do Aforismo, mas, em busca da origem de tanta desfaçatez, o que ele descobriria? Que tudo isso acontece entre … irmãos?! Assustado com a descoberta, ele decide consultar o dicionário para saber se está entendendo certo, se as palavras significam o que elas dizem. Ao descobrir que não estava errado, ele fica ainda mais intrigado para entender o que está errado. O que faz com que irmãos façam contra irmãos o que só fariam se não fossem irmãos?
Completamente perturbado com sua descoberta, pensa em sugerir uma inversão de significados. Segundo essa ideia, seria melhor passar a chamar irmão de inimigo, situação mais de acordo com a realidade dos fatos. Afinal, pensa o desiludido inter-galáctico: se irmão é quem nos deixa na mão, melhor das as mãos a inimigos?
Quem sabe como eles não teríamos melhor sorte?
Reprodução permitida, desde que citada a fonte. Caso contrário vamos soltar os cachorros em cima do infrator. ;-)
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