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Deus e amor são palavras rubras de sangue

O trabalho científico de pesquisa sempre levanta suspeitas (principalmente quando as descobertas apontam na direção oposta à de nossas crenças) e são inúmeros os exemplos de cientistas e pesquisadores que acabam pagando com a vida o alto preço da intolerância. Felizmente, não foi o nosso caso, mas gostaríamos de saber para quem mandamos a conta da internação de nossos pesquisadores no hospital, atingidos (ainda que não mortalmente) por algumas pedras, tomates, panelas, ovos, latas e paus por conta da colocação acima.

Ciência não ofende. Ou ofende? Por isso, estranhávamos quando as pessoas se sentiam ofendidas com o banho de sangue que era (e é) inspirado pelas duas palavras que abrem o aforismo. Registre-se que se o aforismo é de nossa autoria, a inspiração para ele pode ser facilmente constatada em livros de história (particularmente os milhares que abordam guerras), psicologia (particularmente os milhares que tratam de temas familiares e de relacionamento) e tratados criminológicos (também milhares). Assim, guerras são feitas em nome de Deus, e sempre com o mais nobre objetivo: acabar com o irmão que pensa diferente e que não comunga dos nossos valores. Do mesmo modo, tanto um relacionamento desfeito quanto um desentendimento familiar são motivos comuníssimos para findar com a vida de alguém. Em qualquer dos casos, vermelha é a cor do cenário.

(Se, por acaso, houver qualquer dificuldade em consultar um livro, a leitura desse aforismo será mais que suficiente para constatar a veracidade do que afirmamos.)

O que chamou a atenção dos nossos pesquisadores é o fato de que a palavra que inspira o que há de mais alto e a palavra que inspira o que há de mais intenso serem justificativa para o que existe de mais baixo e de mais abjeto.

O que há de surpreendente no nosso aforismo?

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