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Seria bom, concorda? Quanta chateação a menos – quase todas na verdade. Vamos lá:
Não teria funcionário pedindo aumento. Não teria greve. Não teria paralisação de produção. Não teria porque ficar catando umas moedas pra ver se dar para fazer uma compra, mesmo que pequena. Não teria necessidade de pedir aumento, que não valeria de muita coisa. Não haveria luta entre classes. Imagina quanto de chateação e violência e crimes não seriam evitados!
Sabemos que você, leitor, sabe que, antes de existir o dinheiro e toda a confusão causada por ele, a função desempenhada por ele foi desempenhada por coisas diversas coisas em diversas culturas. Sabemos também que você sabe que o escambo, a troca, esteve presente por muito tempo na história da humanidade. Deve ter sido bem interessante!
Um sujeito tinha uma galinha sobrando e precisava de um pente para pentear o cabelo. Então, trocava-se uma galinha por um pente e ambos saiam felizes com o resultado. Ou a troca era entre uma calça velha, azul e desbotada e uma melância – outros dois felizes cada um tendo sua necessidade atendida. Pois é essa a questão: trocava-se materialidade por materialidade, nada de uma relação virtual, porque é isso que o dinheiro é, uma virtualildade.
Está certo que quando falamos de homem, e quando falamos de dinheiro, e quando juntamos as duas coisas, aí é receita certa para confusão e roubo e violência e morte.
E mesmo que o escambo não tenha nem de longe se mostrado ao longo da história com tal grau de violência e destruição como o dinheiro, falta incluir na equação a presença do homem, o que já traz de volta a confusão, o roubo, a violência e a morte.
Mas, você não concorda que as duplas galinha/pente e a outra, a calça velha, azul e desbotada/ melância são muito mais interessantes e lúdicas que uma moeda ou uma nota?
Então, ganhamos ou perdemos com o dinheiro?
Reprodução permitida, desde que citada a fonte. Caso contrário vamos soltar os cachorros em cima do infrator. ;-)
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