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Homo sapiens – idiota metido a besta

Faz bem para o ego considerar-se pertencente à raça dos bem pensantes.

Mas, aqui, teríamos duas questões: quem disse isso, disse de si mesmo, o próprio homem que se definiu assim, sem se preocupar em verificar se outras seres pensam o mesmo; e fez isso definindo o que seria ser um ser bem pensante.

Mas, e se um acabate “pensasse” melhor do que um ser “bem pensante”? O mesmo, um jiló? Um porco-espinho? Se nenhum desses chegaria à Lua, nem criaria sofisticados sistemas de telecomunicação, nenhum deles promoveria guerras ou matanças; nem nenhum deles passaria a vida falando mal um abacate de outro abacate; um jiló de outro jiló, um porco-espinho de outro porco-espinho! Nenhum deles seria besta a esse ponto.

No entanto, tem uma criatura que do alto da posição em que ela própria se colocou não contente em acabar com a vida dos seus, acaba com a vida do abacate, do jiló, do porco-espinho, entre as mais diversas fontes e formas de vida, sistematicamente tombadas e sacrificadas em nome de-não-se-sabe-o-quê.

Nossos pesquisadores queriam entender como pode existir alguma forma de vida que faz da morte a razão da sua existência. E, para complicar, faz disso alegando ser uma forma de vida sapiens. Tem sentido isso, leitor?

Claro que nós, que não somos sapiens metidos à besta, sabemos que muita gente já pensou anteriormente sobre esse tema, de diversos pontos de vista. Mas, enquanto hipóteses eram levantadas, nada de concreto mudava e a matança continuava. E continua. E não há nada que indique que vá parar.

Não seria o caso de se mudar a classificação do que seria sapiens? Do que seria idiota? Não seria, principalmente, o caso de rebaixar ao máximo quem pensa que a vida está totalmente à sua disposição, e que tem coisas muito mais interessantes a fazer do que matar tudo, destruir tudo, aniquilar com tudo?

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