Pois é justamente isso que estamos tentando entender. Em outras palavras: o céu sempre fez parte da imaginação humana, que imagivou que o céu era a verdadeira casa da mãe joana. Lá podia ser tudo o que a imaginação quisesse e lá quisesse colocar e projetar, o paraíso, nossas esperanças de uma vida melhor, a realização de tudo que nós não conseguimos realizar por aqui embaixo, o lugar ideal (existe alguma coisa mais ideal do que o céu, ou um céu?!), o lugar (ou situação, ou condição) que representaria o lugar de onde veio uma parte de nós (a alma, ou o que seja; porque a outra parte veio do pó e para lá voltará), e ao voltarmos para lá, teríamos uma resposta dos porquês de tudo, do que estamos fazendo aqui, por quanto tempo, se não teria alternativa melhor.

Céu onde estão sóis e estrelas, asteróides, planetas cada um em sua órbita, gravitando tudo certinho – se bem que essa ordem toda, dependendo do que nossa visão permite ver, é só uma partezinha do céu imensurável, porque no céu também tem asteróide pra-lá-e-pra-cá, parecendo que cada um buscando alguma coisa que ninguém nem eles sabem o que é, e de vez em quando aportando por aqui embaixo, na maior cara-lavada, sem pedir para entrar, sem bater nem nada, causando a maior confusão, acabando com os dinossauros (pelo que se sabe até agora), acabando com a atmosfera, se bem que, por conta disso, houve uma tremenda mexida na vida como a conhecíamos e, parece que nós começamos a dar o ar da graça graças a uma asteróide que acabou com a vida daqueles dinossauros enormes de feio e de violência, um só querendo papar os outros e em pensar que tudo provocado por algum asteóride sem CNH, barbeiro, guiando todo torto pelo céu afora, deveria ser multado esse asteróide maluco.

Como seja, o fato é que homens admiram estrelas desde sempre, atraídos por um magnetismo que não se entende direito, é olhar e ficar admirando de queixo caído aquele brilho todo.

Nossos pesquisadores modestamente perguntam: mas o que significa admirar o eco muito distante do que já foi, ainda mais distantemente, uma forma de vida que não vive mais?