Como você, leitor contumaz do Canis & Circensis, está cansado de saber, entre nossos pesquisadores há gente de todas as especialidades. E o resultado do Aforismo pode muitas vezes trair quem ganhou a queda-de-braço por fazer a redação final. Se, nesse caso, você arriscar dizer que o pesquisador foi alguém com pendores literários, acertou na mosca.
Mas, concorde: ficou bem escritinho, não?
Justamente por isso, criou-se no grupo um certo mal-estar. E se os leitores e participantes da pesquisa ficarem tão encantados com a cadência da frase, com a suavidade da escrita, embevecidos a ponto de nem pensarem no conteúdo do Aforismo? Não estaríamos, desta forma, aginda da mesma maneira como age quem nós estamos tentando criticar, e o fizemos em diversos Aforismos? Não estaríamos sendo assim um Sol? Sol do quê, seríamos nós? Sol de quem? Sol para quem? Sol para poetas e espíritos lunatizados? Sol de quem tem braços curtos para o trabalho?
Concorde de novo, leitor, com nossa análise. O Sol seria o sal do céu … não é pouco! Sol lá em cima; o sal é o responsável por catalizar uma série de ações bioquímicas, que justamente possibilitam a emergência da vida, e sal de ninguém mais, ninguém menos do que o céu! Não é pouco, de novo!
A esta altura da leitura, o leitor já está mais que seduzido, a ponto de cair no doce canto da arapuca poética – se você tiver algum pendor musical, leitor, você pode até imaginar uma melodia para o Aforismo, para o verso do Aforismo!
Mas, não acabou: para finalizar com chave de ouro esse Aforismo poético temos a Via Láctea. A via do leite. O caminho do leite.
Já imaginou? Em um só Aforismo temos luz e calor (Sol), temos bioquímica (sal), temos cosmologia (céu), e temos cosmologia de novo (via láctea). Tudo apresentado poeticamente. Temos tudo, mas parecemos a empadinha a que falta a azeitona.
Reprodução permitida, desde que citada a fonte. Caso contrário vamos soltar os cachorros em cima do infrator. ;-)
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