Qual a matemática mais adequada à vida? A que faz sobrar? A que não deixa faltar? A que faz se equilibrarem os pratos da balança? A que cria um grande air-bag de reserva? A que transmite uma sensação de segurança?
Se bem que, por um dever de verdade, nossos pesquisadores insistem em jogar foco no tema: do que estamos falando, quando o tema é o necessariamente suficiente, ou o insuficientemente necessário?
De picanha na geladeira e de macarrão italiano na dispensa? De cerveja no freezer? De queijos franceses à mesa? De presunto cru espanhol?
De viagens ao exterior, duas ao ano, para lugares diferentes? De estadias em praias italianas, regadas a Prosecco, com uvas e figos maduros? De estadias em estações de esqui, agora com vinho quente, cognac? De permanência em castelos ingleses, com direito a uísque escocês ou irlandês puro malte?
De visitas a museus, com direito a contemplar as mais expressivas obras de arte já produzidas no passado (quadros e esculturas)? Ou, se for esse o caso, visitas a muses especializados em arte moderna (com direito a pinturas fora do quadro, fora de qualquer enquadramento, nada nas paredes, tudo no chão)?
De frequência a teatros onde estão sendo encenados os clássicos da arte dramática? De salas de música, onde sinfonias e óperas satisfazem até ouvidos surdos?
Ou, quando a conversa é sobre a suficiência do necessário um prato de comida 3 vezes ao dia já cumpre a função? Aqui, nossos pesquisadores não estão falando de prato de plástico, mas de comida-comida mesmo, começando com pão com manteiga devidamente afogado no copo americano de café-com-leite; depois, pode ser ovo frito com torresmo à milanesa, moela com cenoura, buchada de bode, cachaça de arrepiar os pelos da espinha, e finalizando com uma canja de galinha daquelas gordas, aí mais pro final do dia. O cigarro de palha será aceso no descanso do comecinho da noite.
Reprodução permitida, desde que citada a fonte. Caso contrário vamos soltar os cachorros em cima do infrator. ;-)
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