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Não adianta o homem brigar com a realidade: um não vive sem o outro

Nós sabemos muito bem que não vai faltar maluco para se meter na conversa desse Aforismo. Como maluco é o que não falta no mundo, não faltarão conversas sobre a realidade, ou realidades, as múltiplas realidades escamoteadas por essa cortina de realidade que esconde todas as milhares de outras realidades que não conseguem sair do ármario, como as tantas loucuras que habitam e que são as cabeças dos homens e que de lá não saem ou não podem sair.

Observam nossos pesquisadores que quando eles falam de malucos nessa categoria está incluída a maluca toda, nos seus mais diversos graus de manifestação e intensidade, incluindo a quase totalidade que diz que loucos são os outros, eles não, jamais e nunca!

Mas, de acordo com essa linha de raciocínio, o homem pura e simplesmente não consegue viver fora da realidade, seja ela o que for e o que vier a ser. Mas viver em uma das infinitas realidades não significa dizer que entre homem e realidade tudo são flores, tudo correndo o tempo inteiro às mil maravilhas. Por isso, seria de esperar que alguém desse um ‘vaza’ para o outro alguém, se o homem para a realidade, ou a realidade para o homem, é questão de discussão. Mas que um não vive sem o outro, parece não haver discussão, discutem nossos pesquisadores, que pensaram que triste o homem, sempre brigando com a realidade que é a sua e da qual não consegue se separar, nem superar.

O que resta, então? Conviver, concorda, leitor? Conviver com alguém ou algo que não se entende, mas que não tem outro jeito exceto esse mesmo. Assim, parece não restar ao homem alternativa que não aceitar a realidade que tem como a única possível de ter, ou a única que ele teve competência para desenvolver e criar.

Esse estudo ainda não está concluído, como, parece, nenhuma realidade, mas nossos pesquisadores estão pensando o seguinte: e se homem e realidade forem como vírus e hospedeiro, tipo marido-e-mulher? Um não vive sem criticar o outro, mas na verdade, um não vive sem o outro, se não fica papo de gente maluca, que dá origem a textos igualmente malucos.

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